segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A superfície que me recuso a enxergar



Estes são pensamentos sobre a nobre superfície que o norteia! De certo ao embranquecer os cabelos ou ao brotar as rugas nesta nobre enfame criatura tornar-se-ia um ser pleno como a juventude e assim amor enfim vingaria. Por que não dizer que as frágeis marcas do tempo, enfim, desaparecerão como pensa agora? Não é certo, e se quer saber contudo prefiro conter-me na lógica, pois me baseio nela para sobreviver e talvez um dia, olhem para mim com os mesmos olhos que os vejo. (Assim, me sinto ao menos em contato com o real. Este que me mostra tantas rugas em telas tão límpidas). A verdade é que é notório que para mim que sou "pupila", a inteligência e a sagacidade bastam. É que ser inteligente faz parte deste conteúdo e portanto admite que a ingenuidade prevaleça como desfarce, ainda que não seja notada sempre a verdadeira inteligência! Não é superfície não. Este é o espírito que conta, faz parte da substância que todos possuimos. Dolorosa substância que às vezes não tem a forma exata que requerem os tolos. Estou desarmada, mas não por muito tempo. Prefiro me manter recolhida aos olhos de quem me fere, também tão desarmado quanto eu.

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