quarta-feira, 28 de abril de 2010

OS HOMENS E AS COBRAS

Cicinho - Galeria Brasiliana


É tendencioso demais fazer um parâmetro justo sobre as relações humanas, uma vez que essas relações não são exatas. Não vejo como um cálculo matemático possa fazer a diferença quando inúmeros fatores externos batalham dia-a-dia para que esta relação não prospere.
Veja bem, certas cobras possuem veneno suficiente para matar um elefante e sequer precisam matá-lo de fato. Não é sempre que um elefante atrapalha a vida de uma cobra que muito bem pode rastejar para longe dele, isso se e somente se, o elefante não afrontar seu ninho.
Mesmo assim, considerando as relações humanas diversas e tomando como base o exemplo citado, temos como analisar uma seqüência de fatos que por “n” razões culminam na tragédia endêmica de alguns relacionamentos e que muitas vezes partem de um só lugar, a língua.
O veneno da cobra serve tanto para protegê-la como para auxiliá-la na caça de alimento; a língua do homem serve tanto para torná-lo sujeito comunicativo, um exímio cidadão dialético, como para tornar seus interesses tangíveis.
Algumas línguas preferem a segunda opção e seus excessos podem provocar uma séria alteração de sentidos e tornar um relacionamento potencialmente estável em um possível “carrinho de montanha russa”.
A benevolência das línguas não trata com igualdade os homens e assim como minha versão do verdadeiro significado moral do tendão de Aquiles, não é a forma ou até mesmo a força bruta que faz a diferença sempre, mas o uso do cérebro.
Por isso, para se desvencilhar das más línguas, basta ser benevolente consigo mesmo e pensar... Pois assim, a construção de uma personalidade firme o impedirá de cair no ninho aconchegante de uma cobra venenosa.

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