domingo, 4 de outubro de 2009

Sobre o melhor amigo do mundo!


Foi assim, em meio a uma perseguição sem objetivo, em meio a uma vida confusa e magoada, em meio à ilusão mais lúcida é que foi feito o maior dos milagres. Quando a esperança já havia se enegrecido e os olhos se fechado, na escuridão fez-se luz. De lá sairam todas as criaturas que cutucavam sem dó a espinha do desgraçado.

_A poeira foi levantada. Os olhos foram incomodados com aquele líquido salgado e sem cor. Eis que Ele se revelou.

O desgraçado havia a muito se esquecido da energia que o conduzia rumo ao sol. Depois de tanta dor, perdeu por completo a credulidade. Tudo não se passava de fatos científicos.

Mas é na dor que o mais fraco ora por misericórdia. Ele é forte, mas se vê fraco e incapaz.

Foi assim que Deus tocou seu ombro e ainda com os olhos fechados o fraco escutou. Tudo o que lhe aflingia Ele foi capaz de revelar. E por mais que fosse duvidoso, disse o que sentia. O fraco chorou feito criança. Lembrou-se agora daquela energia que o guiava. Quando se feriu na batalha da vida, resolveu que o melhor era cegar os olhos. O mundo já não lhe convinha como antigamente.

Assim, num dia cheio de acasos, concluiu o inalterável destino, nada acontece ao acaso. E melhor que isso, seu coração havia enfim secado. As lágrimas partiram. Era hora.

Perdoar não era o caso mais simples para o desgraçado. Ele sabia que deveria fazê-lo, mesmo que não houvesse sentido.

Não mais se sentiu só. Aquele dia quando ajoelhou-se na Igreja e pediu ajuda, uma generosa mulher tocou-lhe o ombro e contou-lhe que Deus o escutava e que ouviu suas preces. Que sabia que o desgraçado a muito não recorria à Sua compannhia, mas que o Amava.

O filho da mulher tinha o mesmo nome do desgraçado, que nem era tão desgraçado assim. Os olhos encheram-se de lágrimas, estava renovado.

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